Monografia
Faculdade de tecnologia de são paulo
AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS E SECRETARIADO
JANETE LULIKO NAKANISHI KLAUS SOUZA FALK
a compatibilidade do inglês instrumental do curso de AES da FATEC-sp com o mercado de trabalho
são paulo-junho-2006
a compatibilidade do inglês instrumental do curso de AES da FATEC-sp com o mercado de trabalho são paulo-2006 Janete Luliko Nakanishi Klaus Souza Falk a compatibilidade do inglês instrumental do curso de AES da FATEC-sp com o mercado de trabalho Este trabalho foi julgado e aprovado para a obtenção do título de Tecnólogo em Automação de Escritórios e Secretariado da Faculdade de Tecnologia de São Paulo São Paulo, 29 de junho de 2006. __________________________________ Prof. Mestre José Roberto Lourenço Dedicamos este trabalho aos nossos pais, a nossos irmãos, a nossos cônjuges: pela paciência, pelo carinho (...) Agradecimentos Aos professores e alunos do curso de Automação de Escritórios e Secretariado Faculdade de Tecnologia de São Paulo, Obrigado pela colaboração. Ao nosso orientador Prof. Mestre José Roberto Lourenço, cuja paciência é uma virtude, pela dedicação com a qual nos assistiu. A todos que direta ou Indiretamente auxiliaram para a realização desta pesquisa LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS FATEC – Faculdade de Tecnologia de São Paulo AES – Automação de Escritórios e Secretariado SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial TESL – Teaching English as a Second Language IT – Information Technology LE – língua estrangeira CIO – Chair Information Office FYI – for your information RH – Recursos Humanos SUMÁRIO
1. Introdução
ABSTRACTNAKANISHI, Janete Luliko; FALK, Klaus Souza.
The English Instrumental Compatibility of FATEC-SP AES course with the Job Market. São Paulo, 2006. 60 fl. Monograph – Degree Course in Office Automation and Secretariat, FATEC-SP, 2006.
4. O INGLÊS, A GLOBALIZAÇÃO e o profissional de AUTOMAÇÃO.
6. METODOLOGIA DO CURSO DE INGLÊS DE AES
language acquisition ou assimilação natural. É um processo equivalente ao de assimilação da língua materna pelas crianças. É reaprender a estruturar o pensamento, desta vez nas formas de uma nova língua. Usam-se mais os ouvidos que os olhos e cada um desenvolve de acordo com seu próprio ritmo, num processo que produz habilidade prática, comunicação criativa, e não necessariamente conhecimento. É comportamento humano, fruto de convívio, de situações reais de interação em ambientes da cultura estrangeira. O aluno é protagonista, não espectador, sua realidade faz parte do contexto em que a comunicação ocorre. Ensino e aprendizado são vistos como atividades que ocorrem num plano pessoal-psicológico.Na fig. 01, ao lado, podemos observar que o universo pesquisado apresenta quatro faixas etárias e os percentuais de participação são os seguintes: 83% dos entrevistados estão entre 21 e 30 anos. 14% estão divididos igualmente em duas camadas, menor de 20 e maior de 40 anos e 3% estão na faixa dos 31 a 40 anos.
Aqui, na fig.02, constatamos que a maioria dos alunos que fazem este curso, dentro do grupo amostral, é composto basicamente de mulheres. Cerca de 90% dos entrevistados.
Agora na fig. 03 abaixo, visualizamos que 97% dos entrevistados ainda estão cursando a FATEC. O reduzido espaço de tempo para elaboração das etapas deste trabalho nos impossibilitou de reunir um número maior de ex-alunos, como mostra o quadro Situação Escolar. Entretanto, o material coletado entre os alunos que ainda estão cursando AES foi suficientemente farto de informações para o desenvolvimento deste trabalho, conforme veremos nas próximas páginas.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, o ensino de língua inglesa já faz parte do cotidiano do aluno brasileiro, portanto seria de se esperar que em um curso universitário, a maioria dos alunos já tivesse algum nível de conhecimento do referido idioma.
Na fig. 04, nossa pesquisa mostra os resultados da questão sobre outros cursos de Inglês feitos pelos entrevistados. De acordo com as respostas, 53% dos alunos já tinham um contato com a língua inglesa, através de cursos de idiomas feitos antes de ingressar na FATEC. 41% entraram em escolas de idiomas paralelamente ao curso de AES. 4% informaram ingressar em um curso de Inglês após a FATEC e 2% não pretendem fazer outro curso de Inglês. Então, 94% fizeram ou estão fazendo algum curso de língua inglesa. Essa constatação não é nenhuma surpresa, pois a língua inglesa, hoje, é muito difundida no Brasil. Existem centenas de escolas de inglês no país, além de sites na Internet oferecendo english on-line.
Um dos pontos que os pesquisadores consideram importante para aprendizado de uma língua estrangeira é a quantidade máxima de alunos por professor em uma sala de aula. Questionados sobre o assunto, os entrevistados, em sua maioria, se posicionaram contrários ao que apregoam os estudiosos. De acordo com a fig. 5, acima, 3% acharam excelente o número de alunos nas salas de aula de Inglês de AES, 58% dos alunos disseram estar satisfeitos e 39% não concordaram com o número atual. Estes últimos se sentem incomodados e não conseguem aprender muita coisa. No site English Made in Brazil, Ricardo Schütz diz que o número de alunos ideal por sala de aula de idiomas é de seis ou sete. Na FATEC temos, em média, 40 alunos por sala. Esse número elevado dificulta o aprendizado do idioma, atrapalha o acompanhamento e prejudica as avaliações. O resultado é a insatisfação e a desmotivação do aluno que acaba procurando um curso paralelo de idioma ou, em última instância, abandona o curso de Inglês.
Na opinião dos entrevistados a relação entre aulas teóricas e práticas apresentou resultados insatisfatórios como mostra a fig. 6, ao lado. A maioria dos entrevistados, cerca de 70%, mostram-se descontentes com a quantidade de aulas práticas, sentem-se prejudicados, pois praticam muito pouco, a comunicação oral. No decorrer do curso, vivenciamos problemas tais como greves escolares, feriados, datas facultativas, entre outros, que prejudicam bastante as aulas de comunicação oral.
A grande maioria dos entrevistados aprova os livros e demais recursos didáticos empregados no curso, como pode ser apreciado no gráfico da fig. 7. O nível de excelência atingiu 6%, cerca de 58% estão satisfeitos com o material e 36% alegam que o material deve ser substituído.
Os resultados da pesquisa demonstram que o nível de insatisfação dos alunos com a atual condição dos equipamentos é alarmante, vide fig.8. 17% estão satisfeitos com os equipamentos utilizados nas salas de aula e laboratórios de áudio, enquanto 83% dos entrevistados afirmam que os equipamentos de áudio estão aquém dos objetivos do curso.
Parafraseando Schütz, a habilidade do estudante sobre uma língua depende da prática no convívio e no contato pessoal com quem fala esta língua, com naturalidade e desenvoltura. Linguagem é comportamento humano. Plano didático, regras gramaticais, livros fitas, videotapes ou CD-ROMs, constituem-se num complemento interessante, ou seja, auxiliam um pouco no desenvolvimento da habilidade funcional de que o aluno necessita.
Assim, o estado dos equipamentos de áudio e vídeo não interfere de maneira significativa na aquisição da língua estrangeira, contudo, ajuda na compreensão da cultura e da acuidade auditiva, fator biológico de importância fundamental para percepção das diferenças fonéticas.
No processo do aprendizado da língua estrangeira fica o professor com o importante papel de fazer o aluno enxergar que não existem obstáculos intransponíveis. Para isso, o professor deve, entre outras coisas, conquistar a confiança do aluno.
Em nossa enquête, a bagagem dos mestres do curso de Inglês de AES satisfaz o grau de confiabilidade dos alunos; eles estão ministrando conteúdos com dose de segurança, para que os alunos obtenham um aprendizado eficiente, conforme ficou evidenciado pelo resultados da pesquisa no gráfico da fig.9, ao lado. 32% dos entrevistados afirmam ser excelente o domínio dos professores sobre a disciplina, 61% consideram ser um bom nível de conhecimento e 7% alegam ser insatisfatório. Com isso, os professores conseguem obter dos alunos a confiança necessária para criar uma empatia.
Quanto à relação criada pelos professores com os alunos, podemos perceber no gráfico da fig. 10 ao lado que o nível de satisfação dos entrevistados é elevadíssimo, 23% consideram o relacionamento excelente, 68% consideram satisfatório e 9% mostram-se insatisfeitos com a forma de interação envolvendo professores e alunos. Analisando este quadro e a afirmação de Vygotsky que diz, "cabe ao professor o papel desafiador que provocará desequilíbrios, conflitos e finalmente descobertas importantes para a construção do conhecimento individual", percebemos que os professores podem ser carismáticos, despertam as curiosidades e motivam os alunos. Eles se encontram em conformidade com os novos processos educacionais que coloca o professor como fio condutor através do qual o aluno será instigado a desenvolver suas potencialidades. Corroborando com isso, temos a afirmação de Krashen que o filtro afetivo é o primeiro obstáculo no processo do aprendizagem de língua estrangeira. Professores que conseguem motivar seus alunos mantêm um baixo nível de filtro afetivo.
Krashen acrescenta que o professor deve criar uma atmosfera favorável que seja interessante e amigável, a fim de se obter um baixo filtro afetivo. O assunto da aula deve ser de interesse dos alunos e deve-se evitar a correção de erros no momento da fala. Finalmente, o professor não deve selecionar material sem levar em consideração as reais necessidades e interesses dos alunos.
Como todos sabem, cada turma tem suas próprias características, por isso, o professor deve sempre que possível equalizar o método de ensino com o nível da classe, a fim de obter máximo aproveitamento. No gráfico da fig. 13, podemos observar que 10% dos entrevistados afirmam ser excelente o modo como os professores adaptam o material de ensino às características da turma, outros 36% estão apenas satisfeitos e 54% dizem que essa adaptação é inadequada.
O gráfico da fig. 15 exibe o pensamento da maioria dos entrevistados sobre o rumo que a disciplina de Inglês de AES deve tomar. Nos comentários da questão eles informaram estar de acordo com os materiais empregados, mas sugeriram o aumento das atividades comunicativas, mediante práticas de conversação entre os pares, aplicação de ditados, exibição de filmes e enquetes em classe sobre temas da atualidade para obtenção da fluência na língua inglesa. Mais uma vez, fica clara a motivação instrumental, expressa no desejo do aluno em tornar-se fluente na língua estudada pelas conseqüentes vantagens que dela advirão. De acordo com Simone Cittolin, a motivação é uma das mais importantes dentre as variáveis afetivas. Em países como o Brasil, onde se tem pouco contato com falantes nativos de língua inglesa, essa motivação é algo expressivo, fazendo com que o correto monitoramento do aprendizado seja fator fundamental dentro desse processo.
Outro questionamento importante é sobre o modo como o entrevistado utiliza a língua inglesa no trabalho. Como podemos observar na fig. 16, as quatro maneiras de uso da língua estão assim distribuídas, 87% para atendimento telefônico, 70% em conversação direta, 50% para tradução de textos e 47% para redação de textos. Aqui fica clara a predominância da forma oral sobre a forma escrita. É um alerta para que os professores de Inglês priorizem as aulas de conversação, sem, contudo, desprezar a abordagem teórica. Krashen afirma que a ênfase na produção da habilidade prático-funcional leva o aluno a entender e fixar a estrutura formal do idioma.
Outra questão interessante diz respeito às dificuldades que o aluno encontrou em utilizar seus conhecimentos em língua inglesa ao ingressar no ambiente de trabalho. Apenas 29% dos alunos pesquisados sentiram dificuldades de adaptação ao utilizar a língua inglesa no desempenho de suas atividades, conforme fig. 18 acima. Esta constatação nos mostra o material didático utilizando no curso de AES está dentro da atualidade do mercado.
Porém, quando se trata de comunicação oral, a maioria se sentiu incapaz de conseguir se expressar com naturalidade na língua inglesa, como veremos mais adiante.
No questionamento sobre qual a freqüência do uso da língua inglesa no trabalho, podemos observar na fig. 19 que 30% dos alunos pesquisados informaram utilizar a língua inglesa diariamente no ambiente de trabalho. 9% afirmaram usar duas ou três vezes por semana. 23% disseram usar uma vez por semana e 38% informaram que usam o idioma duas vezes por mês. Neste quadro concluímos que apenas 30% do grupo amostral experimentam uma situação de imersão no idioma estudado, ou seja, estão em constante desenvolvimento de suas habilidades práticas de comunicação.
Quando questionados se aprenderam novas expressões inglesas no trabalho, que não constavam dos livros do curso de AES, 58% dos entrevistados disseram que sim, vide fig. 20. Eles tinham aprendido palavras e expressões novas, tais como
Mesmo que não seja este o foco, torna-se importante uma verificação periódica no extrato de mercado, onde está inserido o profissional de AES, em busca de novas expressões, a fim de manter o curso sempre atualizado.
11. ACEITAÇÃO DO CURSO DE AES NO MERCADO DE TRABALHO
Os resultados sobre a qualidade do Inglês do curso de AES podem ser avaliados pela maior ou menor aceitação do aluno como profissional no mercado de trabalho.
: Headcount, Budget, IT (Information Technology), CIO Chair information office, FYI (for your information), Map network drive, Network outlet, lead-time, savings, purchasing department, metrics, SCHEDULE, flight itinerary, thanks in advance, overnight mail pack, some procedures to avoid future problems, business day, Handle out, staff meeting, off insight meeting, wrapping up, Market Share, litigation, Benchmarking, saving. Entretanto, algumas palavras e expressões mencionadas constam da bibliografia estudada no curso de AES, em semestres avançados. Nós acreditamos que esses alunos ainda não atingiram o semestre letivo onde tais palavras se encontram. Ocorreram, também, casos específicos de termos utilizados na área de Marketing e informática, fugindo um pouco da nossa área.Quando indagados se o conhecimento de Inglês adquirido no curso de AES da FATEC-SP influenciou positivamente na entrevista de estágio ou emprego, 61% afirmaram que não, vide fig. 21. Apesar da resposta negativa, constatamos que em alguns casos, a própria empresa não averiguava o conhecimento lingüístico do candidato.
BORBA, Francisco da Silva. Introdução aos Estudos Lingüísticos. 4ª ed., São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1975. CARROL, John B. Psicologia da Linguagem. Trad. Maria Ap. Aguiar. 2ª ed., Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1974. CITTOLIN, Simone Francescon. "A afetividade e a Aquisição de uma segunda lingual: A Teoria de Krashen e a Hipótese do Filtro Afetivo." Unipar <http: //www.cefetpr.br/deptos/dacex/simone6.htm>. Acesso em 26 de abril de 2006. KRASHEN, Stephen D. Principles and Practice in Second Language Aquisition. MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português Instrumental. 23ª edição, Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2002. ISBN 85-241-0370-1 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 4ª edição. São Paulo: Atlas, 1999. ISBN 85.224.2267-2 OLIVEIRA, Nirlei Maria; ESPINDOLA, Carlos Roberto. Trabalhos acadêmicos: recomendações práticas. São Paulo: Copidart, 2003 ISBN 85.87843-13-3 RIVERS, Wilga M. A Metodologia do Ensino de Línguas Estrangeiras. Trad. Hermínia S. Marche. Ed. Pioneira, 1975 SCHÜTZ, Ricardo. "A Evolução do Aprendizado de Línguas ao longo de um Século." Este alto índice reflete a satisfação das empresas com relação aos egressos provenientes da Fatec, sendo um fator motivador para os demais se dedicarem verdadeiramente à aquisição do idioma, visando uma boa colocação no mercado. Levando as empresas a confiarem na qualidade dos profissionais formados pelo curso de AES da Fatec.São Paulo: Pearson, 2002.
SCHÜTZ, Ricardo.
SCHÜTZ, Ricardo.
"Monolingüismo, o Analfabetismo dos Tempos Atuais."English Made in Brazil <https://www.sk.com.br/sk-apren.html>. Acesso em 11 de janeiro de 2006."Stephen Krashen’s Theory of Second Language Acquisition."Acesso em 20 de agosto de 2005.
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TOROP, Peter.
ISBN 88-8049-195-4
TRENTIN, Cleci Irene. "O Ensino Comunicativo de Línguas Estrangeiras e a Abordagem Natural." Unipar <https://www.cefetpr.br/deptos/dacex/revista4/cleci.htm>. Acesso em 15 de maio de 2006.
VASCONCELOS, Nanci Pereira de. Manual para edição de trabalhos acadêmicos. 1ª Edição, São Paulo, 1999.
VYGOTSK, Leontiev S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Icone, 1988.
ZACHARIAS, Vera Lúcia Câmara. "Centro de Referência Educacional." <https://www.centrorefeducacional.com.br>. Acesso em 05 de novembro de 2005.
15. GLOSSÁRIO
A seguir relacionamos as palavras e expressões citadas pelos entrevistados e suas correspondência em português, na área comercial.
Arrangements planos e preparativos para um evento
Assembly Conjunto de pessoas reunidas para tomar decisões
Asset Ativos
Attorney Advogado
Award Recompensa
Balance Saldo
Bargain Acordo comercial
Benchmarking Referencial de qualidade
Bond Contrato
"Tendências e Propostas para o Ensino da Língua Inglesa."English Made in Brazil <https://www.sk.com.br/>. Acesso em 20 de abril de 2006.La traduzione totaleBrainstorming Confronto de idéias
Brand Marca
Broker Corretor
Budget Orçamento
Business day Dia comercial
CIO Chair information office Diretor de Informações
Dealer Negociante
Flight itinerary Itinerário de vôo
FYI (for your information) Para seu conhecimento
Handle out Fora de controle
Head count contagem de pessoal
Highlight Ponto alto
IT (Information Technology) Informática
Lead-time Intervalo de tempo de uma atividade
Litigation Ato de reivindicar perante um tribunal
Map network drive Localizar um periférico
Market Share Participação de uma empresa ou produto no mercado
Metrics Métrica, padrões adotados
Network outlet Rede de entrepostos
Off inside meeting Por fora da reunião
Outlet Entreposto
Overnight mail pack Despacho noturno
Prime-time Horário de pico
Profile Perfil
Public Relations Relações Públicas
Purchasing department Departamento de Compras
Sample Amostra
Savings Poupança
Schedule Escala
Some procedures to avoid future problems
Sponsorship Patrocínio
Staff meeting Reunião de pessoal
Target Objetivo
Thanks in advance Agradecimentos antecipados
To Boost Impulsionar
To retail Vender a varejo
To retire Aposentar
Trend Tendência
Wholesale Venda por atacado
Wrapping up Finalizar um negócio ou reunião
16. APÊNDICE A
Questionário
Este questionário faz parte de uma pesquisa monográfica que tem como objetivo demonstrar a compatibilidade do Inglês Instrumental ministrado na FATEC com o Inglês Comercial utilizado nas empresas. Por favor, escolha uma, e somente uma das alternativas de cada questão.
1. Qual sua faixa etária:
( ) Menor de 21 anos
( ) 21 a 30 anos
( ) 31 a 40 anos
( ) Acima de 40 anos
2. Sexo:
( ) Masculino
( ) Feminino
3. Ano de conclusão do curso de AES:
( ) abandonou/trancou
( ) ainda está cursando
( ) recém formado
( )formado há mais de 2 anos
4. A partir dos conhecimentos adquiridos em língua inglesa do curso de AES da FATEC, como você se sente em relação ao mercado de trabalho?
( ) Seguro para atuar sozinho
( ) Seguro para atuar supervisionado
( ) Inseguro
5. Fez outro curso de língua inglesa?
( ) Sim, antes de entrar na FATEC
( ) Sim, paralelo ao curso de AES
( ) Sim, após sair da FATEC
( ) Não
6. Teve dificuldades em adaptar-se ao inglês comercial utilizado pela empresa?
( ) Sim ( ) Não
Em caso positivo, comente quais foram essas dificuldades:
7. No cotidiano da empresa você utiliza o inglês instrumental estudado em AES da FATEC, com que freqüência?
( ) Diariamente
( ) Duas a três vezes por semana
( ) Uma vez por semana
( ) No máximo duas vezes por mês
( ) Nunca
8. Você utiliza o inglês na empresa para:
a. conversação direta ( ) sim ( ) não
b. atendimento telefônico ( ) Sim ( ) Não
c. redigir relatórios e/ou documentos ( ) Sim ( ) Não
d. traduzir relatórios e/ou documentos ( ) Sim ( ) Não
9. Existem expressões inglesas que são utilizadas na sua empresa com freqüência e que você desconhecia?
( ) Sim ( ) Não
Em caso positivo, indique-as:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
10. O conhecimento de inglês proporcionado pelo curso de Inglês do AES da FATEC facilitou na entrevista e/ou dinâmica para obtenção de estágio e/ou emprego?
( ) Sim ( ) Não
11. Na sua empresa, existe algum tipo de preferência por alunos provenientes do curso de AES da FATEC?
( ) Sim ( ) Não
12. Qual sua opinião sobre o número de alunos por turma em disciplinas obrigatórias?
( ) Muito satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
13. Qual sua opinião sobre a relação entre aulas teóricas e práticas?
( ) Muito satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
Comente sua resposta:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
14. Qual sua opinião sobre a relação professor/aluno?
( ) Muito satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
15. Qual sua opinião sobre o método de avaliação?
( ) Muito satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
16. Qual sua opinião sobre as condições dos equipamentos utilizados nas aulas práticas?
( ) Muito satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
17. Qual sua opinião sobre o domínio dos conteúdos da disciplina por parte dos professores?
( ) Muito satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
18. Qual sua opinião sobre os recursos didático-pedagógicos aplicados pelos professores?
( ) Muito satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
19. Como você classificaria o estímulo ao aprendizado por parte dos professores?
( ) Muito satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
20. Como você classificaria o atendimento extra-classe por parte dos professores?
( ) Muito satisfatório
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
Procedimentos para evitar futuros problemas. Ed. B. Osimo. Modena, Guaraldi Logos, 2000. English Made in Brazil <https://www.sk.com.br/sk-krash.html>.
12. sugestões
Saber que os entrevistados se sentem inseguros diante do mercado de trabalho, apesar de 94% destes já terem ou estarem cursando inglês em outro curso, paralelamente ao curso da Fatec, nos faz concluir que a metodologia utilizada não atinge seus objetivos, que é a fluência neste idioma.
Baseados nos estudos já citados neste trabalho sugerimos a mudança de foco destas metodologias, do ensino tradicional de gramática e memorização de vocabulário para o da imersão total, defendida por Krashen e Schültz, segundo o qual, o aluno (aprendiz) deve estar inserido nesta sociedade, para que ele se expresse somente na língua alvo, sem se preocupar com os "erros".
Por nossas próprias experiências, concordamos que a proposta metodológica é válida, porém, criar, em sala de aula, um ambiente igual ao que é propiciado pela cultura do país da língua alvo, não é tarefa fácil. O ideal seria que todos os alunos tivessem a oportunidade de fazer um intercâmbio durante algum tempo.
Esta hipótese, entretanto, não condiz com a realidade dos alunos da Faculdade de Tecnologia de São Paulo, principalmente os do período noturno, que já trabalham, e muitas vezes, são casados e com filhos. Nestas circunstâncias, os mesmos não têm liberdade para fazer esta escolha, se houvesse. Não sendo, contudo, impedimento para tanto, dependendo da necessidade (prioridade) deste aluno.
O que ocorre, muitas vezes, é o surgimento de um bloqueio mental para a aquisição da língua, por diversas razões, uma delas pode ser atribuída à dificuldade de assimilar regras, de se expor frente aos colegas por ter conhecimento inferior ou mesmo por já conhecer e não tem interesse no assunto estudado.
Desta maneira, o grande número de alunos por turma e os diferentes níveis, pode ser apontado como um dos maiores problemas para a aprendizagem/ensino da língua, pois segundo Krashen, para se avançar um nível, ele deve ter total conhecimento do nível atual, o que não acontece quando se trabalha com alunos que apresentam níveis diferentes de conhecimento.
Então, sugerimos, primeiro, que a grade do curso seja unificada em quatro anos; em segundo, criação de turmas matutinas, vespertinas e noturnas; em terceiro, avaliação dos níveis de proficiência em língua estrangeira dos alunos para uma abordagem mais direcionada.
Fatores psicológicos e seus contrários, como desmotivação, ansiedade, medo tem forte influência sobre a aquisição de uma língua. Neste sentido o professor pode desempenhar importante papel no sentido de minimizar o problema, classificado por Krashen, como filtro. Isto pode ser feito em ambiente descontraído e motivador, propiciando a interação de todos os participantes em discussões de temas de interesse na língua alvo.
Enfim, a maior dificuldade que os nossos alunos encontram, no primeiro contato com o mercado, é o domínio do idioma inglês, exigido pelas empresas. Domínio, este, que eles vão buscar no curso de AES, porém, fica difícil, para o professor suprir adequadamente esta deficiência com a grade atual do curso. Assim, uma alteração na grade poderia trazer benefícios.
No apêndice B, na página 47, apresentamos nossa proposta de alteração da grade curricular do curso de AES da FATEC-SP. Essa alteração sugere a redistribuição das línguas estrangeiras e das cargas horárias semestrais, a fim de criar intervalos de estudo para os alunos e melhorar o processo de aprendizagem de língua estrangeira. Consiste, principalmente, em agrupar em pares as línguas estrangeiras e ministrá-las em dois anos, sendo que Inglês e Espanhol se tornariam obrigatórias, Alemão e Francês seriam optativas e começariam a partir do quinto semestre. Como opção às línguas alemã e francesa, o aluno poderia escolher cursar matérias de Marketing, Economia e Redes.
13. Conclusão
Este trabalho nos propiciou "sentir" as principais dificuldades dos nossos colegas, bem como compartilhar das mesmas. Permitiu conhecer a nós mesmos, uma vez que tivemos o trabalho introspectivo de identificar nossos próprios obstáculos, que impediam a aquisição de uma língua estrangeira e de nos comunicar-mos de maneira eficaz nesta língua. Foi um prazeroso exercício de autoconhecimento.
Nosso objetivo não foi rotular o curso como bom ou ruim, ou reclamar das condições físicas e materiais, mas identificar alguns pontos que poderiam ser adequados ou aperfeiçoados para tornar o curso mais realista e propiciar um ensino que atenda às necessidades profissionais dos alunos, frente ao mercado atual.
Até porque, o profissional formado neste curso é bem aceito no mercado de trabalho, em razão da sua boa formação e de suas habilidades adquiridas. Conforme comprovado por esta pesquisa, nos quais mais da metade das empresas que já possuíam profissionais do nosso curso em seu quadro de funcionários, estão satisfeitas e demonstram preferência, em novas contratações, por egressos da Faculdade de Tecnologia de São Paulo.
Assim, para que continuemos a manter essa boa conceituação, é preciso estarmos atualizados e em sintonia com o que o mercado exige. E o que ele mais exige hoje é a capacidade do profissional de expressar fluentemente e com naturalidade na língua inglesa, já que ela é considerada língua franca e adotada como padrão para a comunicação internacional.
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
BERVIAN, Pedro; CERVO, Amado L. Metodologia Científica.
Outra questão colocada é se as empresas multinacionais mostram preferência por alunos de AES da FATEC-SP, este questionamento, nós gostaríamos de fazer junto ao RH das empresas, mas o fator tempo não nos permitiu. Mesmo assim, o resultado obtido não foge à realidade. Na fig. 22, na página seguinte, 53% dos entrevistados confirmaram existir preferência nas empresas que estagiaram ou trabalharam por alunos de AES. Apesar dos problemas encontrados pelos alunos na comunicação oral em LE, o desempenho apresentado pelos alunos mediante bagagem acumulada nos semestres do curso de AES, segundo eles mesmos, renderam avaliações positivas dentro da empresa.
Quando questionados sobre o nível de confiança adquirido com o curso de Inglês de AES, nossos entrevistados apresentaram os seguintes resultados descritos abaixo e visualizados na fig. 17 na página seguinte. Dentro da nossa amostragem apenas 23% dos alunos confirmaram estarem totalmente seguros no uso do idioma Inglês no ambiente de trabalho, 29% informaram necessitar de auxílio para se comunicar em Inglês no trabalho. Os outros 48% restantes alegaram insegurança no uso do idioma.
Este índice de insegurança é bastante elevado, levando em consideração que, conforme a figura a seguir, 94% dos entrevistados fizeram ou fazem outro curso de inglês, antes ou paralelamente a FATEC-SP. Baseado nos estudos sobre aprendizagem de língua estrangeira podemos afirmar que um dos motivos desta insegurança é a utilização de metodologia focada na gramática (learning), que segundo Krashen, mostra-se ineficaz para a aquisição da língua alvo, neste caso, o inglês.
10. DESEMPENHO DO ALUNO DE INGLÊS DE AES NA EMPRESA
Segundo Wilga Rivers, são muitos os elementos do estudo de línguas estrangeiras passíveis de aferição e muitos dos testes convencionais são inadequados, irreais e não estruturados. No gráfico da fig. 14, os entrevistados opinaram sobre o método atual de avaliação que consiste em uma prova escrita e uma prova oral, diálogo, por semestre. 6% dizem ser excelente o método de avaliação, 58% afirmam ser satisfatório e 36% não concordam com os critérios de avaliação. De acordo com as teorias de Krashen, o aluno só adquirirá o que estiver no ponto de seu desenvolvimento maturacional, não importando a freqüência com que ele é exposto, e nem o grau de dificuldade envolvido. Assim, as estruturas que estejam além de seu desenvolvimento serão apenas memorizadas, sem, contudo, serem integradas, o que significa uma não capacidade desse aluno de usá-las efetivamente. Neste sentido, torna-se impossível trabalhar os problemas individuais nivelando a turma por uma média hipotética de conhecimento.
Este nivelamento, com certeza, pode ser prejudicial tanto para os que estão abaixo, quanto aos acima deste nível, uma vez que os primeiros se sentirão envergonhados e frustrados por não conseguirem acompanhar o resto da turma e acabam criando um bloqueio mental prejudicial para a assimilação. Por outro lado, os que estão acima, não se sentirão motivados para acompanhar a aula apresentarão desinteresse, muitas vezes, com conversas paralelas, que resultam em interferência no aprendizado dos demais.
Sandra Kezen no Site da Faculdade de Direito de Campos escreve que o aprendizado da língua inglesa é um exercício de cidadania. Ele permitirá ao aluno contatar outras culturas e acessar o conhecimento universal acumulado pela humanidade. Isto é claro, será possível se os educadores tiverem a consciência do significado de seu trabalho.
Esta insatisfação se deve às características e necessidades das turmas ser diferentes, percebe-se que há dificuldade de uma abordagem coletiva em função do fator heterogeneidade.
Com isso, ganha motivação, já que está realizando seu maior desejo, que é se comunicar adequadamente em seu ambiente de trabalho, pois essa necessidade de saber se comunicar faz parte da natureza humana e todos querem se sentir seguros e aceitos em seu grupo social.
Mais um fator que pesa positivamente é o atendimento extra-classe feito pelos professores, que recebeu uma avaliação satisfatória. Como se verifica na fig. 12, cerca de 19% dos entrevistados afirmam ser excelente o atendimento feito pelos professores, outros 55% estão satisfeitos e 26% discordam da maneira como é realizado o atendimento.
O vínculo criado pelo professor com os alunos recebeu 90% de aprovação do grupo amostral. A satisfação dos alunos pelo conhecimento apresentado pelos professores foi quase unânime 97%. O atendimento extra classe prestado pelos professores recebeu 77% de satisfação.
Outro ponto positivo é o estímulo advindo dos professores. Os resultados apresentados no gráfico da fig. 11 mostram que 10% dos entrevistados estão muito contentes com o estímulo advindo dos professores, 55% alegam ser satisfatório e 35% afirmam ser insuficiente. De acordo com Gardner, o comportamento do professor pode influenciar positiva ou negativamente no desejo e na disposição do aluno para aprender e continuar aprendendo a língua. Por isso, é imprescindível que o professor continue buscando sempre caminhos para motivar os alunos no intuito de alcançar seus objetivos.
Krashen diz que o professor é a principal fonte de input na língua alvo, assim, ele deve produzir um fluxo constante de linguagem e ao mesmo tempo fornecer pistas para auxiliar na interpretação do insumo. Um ambiente de sala de aula com baixa tensão, onde os alunos se sentem estimulados, favorece a aquisição da língua alvo.
Notadamente, há uma preocupação maior dos educadores da FATEC-SP na formação de profissionais com melhor nível de conhecimento gramatical, apesar da grade curricular de AES indicar que o método é a abordagem comunicativa.
Na prática ocorre a abordagem formal, pois na abordagem comunicativa, de acordo com Schütz, a unidade básica da língua, que requer atenção, é o ato comunicativo, ao invés da frase. A função se sobrepõe à forma, e significado e situações é que inspiram a planificação didática e a confecção de materiais. Então, competência comunicativa passa a ser o objetivo, em vez da construção de conhecimento gramatical ou da estocagem de formas memorizadas.
Para enfatizar, os entrevistados alegaram que, no ambiente de trabalho, a comunicação oral é mais exigida que a comunicação escrita. O aumento de aulas práticas, enfatizando a conversação vai ao encontro das teorias de Krashen, onde se deve explorar a motivação do aluno para ajudá-lo a desenvolver familiaridade com as características fonéticas da língua estrangeira e aumentar sua autoconfiança. Com isso, cria-se um ambiente onde o aluno se sente totalmente inserido e aumentam as suas chances de entendimento oral e participação nas conversações.
Quanto ao conteúdo gramatical, a disciplina adota livros que apresentam os assuntos em tópicos, de acordo com as novas metodologias de ensino e despertam interesses dos alunos.
Outro aspecto que provoca desmotivação é o reduzido número de aulas práticas que o curso, por motivos diversos, vem apresentando.
Analisando a fig.04 e comparando com a fig. 17 na pág. 27, deduzimos que o conhecimento obtido anterior a FATEC não foi suficiente para dar segurança ao aluno. Segundo Schütz, a razão da falta de segurança não significa que o aluno não possua conhecimento sobre o idioma, mas que falta desembaraço e autoconfiança para expor suas habilidades.
9. ANÁLISE DO CURSO DE INGLÊS DE AES
Essa homogeneidade na formação das turmas é também fator importante para se obter um ótimo aprendizado, pois estimula a interação entre os alunos e favorece que seja estabelecida uma atmosfera agradável dentro da sala de aula, que conforme a teoria de Krashen facilitará a assimilação do conteúdo ministrado.
De acordo com o plano de ensino da FATEC-SP, o objetivo do curso de língua inglesa é propiciar estratégias eficientes para capacitar o aluno a compreender e produzir textos orais e escritos em língua inglesa. Para isso, a Faculdade dispõe dos seguintes recursos didáticos: aulas expositivo-dialogadas, aulas práticas de exercícios escritos e orais com dinâmica de grupo, laboratório de língua para compreensão e produção oral, entre outros.
O curso tem como orientação a abordagem comunicativa, cujos roteiros dos materiais didáticos empregados baseiam-se em áreas funcionais de atividades empresariais especialmente elaboradas para que o aluno possa estabelecer relações entre o estudo da língua estrangeira e sua própria área de trabalho. Na abordagem comunicativa a conversação ganha destaque. É uma visão holística, onde são considerados os interesses, as necessidades e os sentimentos dos alunos. Ministrar aulas significa compartilhar, trocar, construir para e com os alunos, atividades com respostas imprevisíveis envolvendo sempre situações reais de comunicação.
7. TEORIAS EDUCACIONAIS
7.1 Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Próximo
Um dos princípios básicos da teoria do Professor Vygotsky é o conceito de "zona de desenvolvimento próximo". Zona de desenvolvimento próximo representa a diferença entre a capacidade do aluno de resolver problemas por si próprio e a capacidade de resolvê-los com ajuda de alguém. Em outras palavras, teríamos uma "zona de desenvolvimento auto-suficiente" que abrange todas as funções e atividades que o aluno consegue desempenhar por seus próprios meios, sem ajuda externa. Zona de desenvolvimento próximo, por sua vez, abrange todas as funções e atividades que o aluno consegue desempenhar apenas se houver ajuda de alguém. Esta pessoa que intervém de forma não-intrusiva para assistir e orientar o aluno pode ser o professor de língua estrangeira ou um colega que já tenha desenvolvido a habilidade requerida.
A idéia de zona de desenvolvimento próximo é de grande relevância em todas as áreas educacionais. Uma implicação importante é a de que o aprendizado humano é de natureza social e é parte de um processo em que o aluno desenvolve seu intelecto dentro da intelectualidade daqueles que o cercam (Vygotsky, 1978). De acordo com Vygotsky, uma característica essencial do aprendizado é que ele desperta vários processos de desenvolvimento internamente, os quais funcionam apenas quando o aluno interage em seu ambiente de convívio.
Portanto, no caso de aprendizado de línguas, a autenticidade do ambiente e o grau de afinidade entre seus integrantes são elementos essenciais para que o aluno sinta-se parte desse ambiente, características que dificilmente predominam em salas de aula convencionais.
7.2 Ricardo Schütz e a Assimilação Natural
Monolíngüe até os 27 anos de idade, hoje, mestre em TESL pela Arizona State University, Ricardo Schütz, criador do Site English Made in Brazil, aprendeu a língua inglesa totalmente através de assimilação natural, sem a mínima interferência de estudo formal, a ponto de tornar-se praticamente bilíngüe. Este processo é o que a lingüística moderna denomina de
7.3 A Teoria de Krashen
Stephen Krashen (da University of Southern Califórnia) é um expert na área da lingüística e especialista em desenvolvimento e assimilação de segunda língua. É um dos pioneiros do ensino comunicativo de língua estrangeira, sua teoria é composta de cinco hipóteses: a distinção entre assimilação e aprendizagem de uma língua; o monitor; a ordem natural; o insumo (input) e o filtro afetivo.
7.3.1 Hipótese de Aquisição e Aprendizagem de uma língua
Segundo Krashen uma pessoa pode desenvolver a competência em uma segunda língua de duas maneiras: através da assimilação (acquisition) ou através da aprendizagem formal (learning).
Acquisition
Learning
7.3.2 Hipótese Monitor
A Hipótese do Monitor está relacionada com o Learning, diz respeito ao controle do que vai falar, para que o falante possa usar corretamente as regras gramaticais. São necessárias três condições: tempo, para que o falante possa pensar o que vai falar; enfoque na forma, o falante preocupa-se mais com a forma como vai transmitir a mensagem do que com a própria mensagem e; saber as regras, pois a correção só poderá se efetuar se o falante puder distinguir qual a forma correta.
Existem três tipos básicos de usuários do Monitor: Monitor Over-User, aquele que se preocupa demais em corrigir-se e, por isso, não consegue falar fluentemente; Monitor Under-User, aquele que não aprendeu ou não usa o conhecimento sobre a língua, mas tem fluência e; Optimal Monitor User, refere-se àquele que usa a competência aprendida como um complemento à competência adquirida.
7.3.3 Hipótese do Input (insumo)
Esta hipótese está relacionada com o Acquisition, tenta explicar como acontece a assimilação da língua à qual o aluno está exposto. Segundo Krashen, esse insumo pode advir dos materiais, do professor e dos próprios alunos. O input fornecido se torna compreensível através da situação e contexto em que é apresentado, da informação extralingüística e conhecimento de mundo que o aluno possui. Entretanto, o input não precisa estar estritamente ligado ao atual nível de competência dos aprendizes (mesmo porque isto não é possível, po