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Cultura e sociedade

FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS E SECRETARIADO

CULTURA E SOCIEDADE

PROFª VIRGINIA

KLAUS SOUZA FALK 0318698 VIII semestre

 

 

O que é Cultura?

 

cul.tu.ra

sf (lat cultura)
1 Ação, efeito, arte ou maneira de cultivar a terra ou certas plantas. Terreno cultivado. Biol Propagação de microrganismos ou cultivação de tecido vivo em um meio nutritivo preparado. Biol Produto de tal cultivação. Biol O meio junto com o material cultivado. Utilização industrial de certas produções naturais. Aplicação do espírito a uma coisa; estudo. Desenvolvimento que, por cuidados assíduos, se dá às faculdades naturais. Desenvolvimento intelectual. Adiantamento, civilização. Apuro, esmero, elegância. V culteranismo. Sociol Sistema de idéias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma determinada sociedade. Antrop Estado ou estágio do desenvolvimento cultural de um povo ou período, caracterizado pelo conjunto das obras, instalações e objetos criados pelo homem desse povo ou período; conteúdo social. Arqueol Conjunto de remanescentes recorrentes, como artefatos, tipos de casas, métodos de sepultamento e outros testemunhos de um modo de vida que diferenciam um grupo de sítios arqueológicos. C. cultura alternativa, Agr: a que se faz alternando. C. cultura esgotante: a que esteriliza ou depaupera o solo. C. cultura física: desenvolvimento metódico do organismo humano por meio da ginástica e dos desportos. C. cultura extensiva: a que explora a riqueza do solo sem cuidar da conservação deste, precisando, assim, de amplos territórios. C. cultura geral: a constituída de conhecimentos básicos indispensáveis para o entendimento de qualquer ramo do saber humano. C. cultura intensiva: a que acumula o trabalho e o capital num terreno relativamente pequeno, conservando-lhe a fertilidade.

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Cultura provém do latim medieval significando cultivo da terra.

Do verbo latino original COLO que é igual a cultivar, que juntando a cultum, forma a palavra CULTURA, que volto a dizer, no início era relativo ao cultivo da terra.

 

Sua transformação começa a partir da sabedoria acumulada no trato do ambiente natural e a experiência secular de pastores e agricultores acabaram conferindo ao termo cultura, o sentido de conhecimento intelectual, aplicado à ação transformadora do mundo. Por outro lado, podemos dizer que é a convicção do saber acumulado pela existência do trabalho que produz uma libertação de condicionamento.

 

ANTROPOLOGICAMENTE

 

sabemos que "a cultura é o conjunto de experiências humanas adquiridas pelo contato social e acumuladas pelos povos através do tempo.

 

Faça a distinção entre:

 

 

CULTURA POPULAR

 

 

Um conceito simples e direto diz que "cultura popular é o conjunto de experiências adquiridas, imaginadas, criadas e recriadas pela maioria, contemplando suas tradições, costumes, modos, valores, crenças, folguedos, expressões artísticas, idéias, ações do cotidiano e conhecimentos". De uma maioria que é a massa dos trabalhadores, hoje no Brasil, a massa sem emprego, sem teto, sem terra, sem dignidade, sem cidadania. Um enorme contigente, uma pária pura, induzida e enganada pela ideologia dominante, desprovida de bens materiais, com um baixo poder aquisitivo e subordinada pela força do capital. Essa cultura com bandeiras arriadas e estandartes danificados é engolida por uma indústria cultural organizada e repressora a serviço da classe dominante, que quer, a todo custo, impor uma nova ordem, pregando, defendendo e impondo uma cultura comum, globalizada e alienante, que desrespeita a história, a tradição, os mitos e as crenças populares.

CULTURA ERUDITA

 

 

 

 

Outra cultura em discussão é a chamada erudita. Louis Porcher diz: "Não há duvida de que até uma época recente a arte (vista aqui não como produto, mas sim como cultura), sempre teve na sociedade uma conotação aristocrática, enquanto exercício de lazer e marca registrada da elite".

 

É claro que a cultura, hoje dita como erudita, era na verdade a cultura popular de nossos colonizadores. Shakespeare era representado na Inglaterra, para o povo e pelo povo e lá ele era popular, era mestre como é mestre os nossos artesãos, nossos brincantes de reizados, coco-de-roda e de outros folguedos populares (vejam o filme Shakespeare Apaixonado). A comédia Del’Arte era popular no sul da Itália e na França (vejam o filme "Ciranu de Bejerac"), até mesmo no momento em que Molliere assume a sua paternidade e entregue-a a aristocracia francesa; Lopes de Veja era popular na Espanha, na época do teatro de ouro Espanhol; Gil Vicente e seus autos eram popular em Portugal e até recentemente, nesse século que se finda, Garcia Lorca era popular na Espanha com o teatro La Barraca se opondo ao Governo ditatorial e facista de Franco e Bertold Brecht era popular na Alemanha combatendo a força nazista. Essas grandes potências nos colonizaram e nos colonizam até os dias atuais, e se no passado histórico se fecharam em espaços excludentes para ritualizar e perpetuar suas culturas, enquanto os negros dançavam na senzala a capoeira e os índios festejavam suas guerras, caças e deuses da natureza, hoje usam a força dos meios de comunicação e se reúnem nos grandes supermercados culturais, que são as majestosas casas de espetáculos, teatro, casas de shows, arenas de rodeios, financiados e garantidos pelo poder público, restando ao povo, poucos deles por sinal, os sítios, beiras de praias, bairros periféricos, sem apoio, nem moral, para expressar a sua cultura.

 

Rubem Alves, diante disso diz: "A preservação do índio e sua cultura, a harmonia do homem com a natureza, a salvação das florestas, rios e mares, a recusa a violência, a opção pelo pacifismo – todas essas são causas derrotadas. Elas não tem chance alguma frente ao poder econômico e ao poder das armas".

 

CULTURA DE MASSA

 

 

 

 

Com o surgimento do protestantismo emerge a burguesia. Até esse momento, historicamente tínhamos a cultura erudita e fechada da aristocracia decadente e a cultura popular e aberta do povo.

A burguesia que já tinha sua própria arquitetura, os burgos e sua própria religião, o protestantismo, mas que não tinha referencia cultural, começou a construir seu próprio espaço, os grandes teatros, pensando a cultura como mais uma mercadoria que podia aumentar o seu capital e conseqüentemente o seu poder de força, tirando da cultura o seu caráter lúdico e questionador, mesclando partes do erudito com o popular, roubando do povo suas expressões legitimas, modificando-as a seu bel prazer, tendo como instrumento o avanço da tecnologia e o grau de amplitude dos meios de comunicação de massa, empurrando, goela abaixo do povo, uma nova ordem cultural, uma nova e moderna cultura, uma cultura alienante e sufocante, com cheiro de povo e cara de burguesia, indo buscar os instrumentos no seio do próprio povo, oferecendo-lhes vantagens e riquezas supérfluas, apropriando-se de vez do seu maior bem e herança, transformando o próprio povo, em consumidor desse lixo cultural sem criatividade, sem compromisso, que como carimbo ou produto em série, faz o povo perder a criatividade e passar a ser apenas repetidor de movimentos, de frases indiferentes, humilhando e ridicularizando um povo rico em histórias e tradições.