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A política externa francesa e o Brasil

28-02-2011 08:35

A política externa da França está baseada numa longa tradição diplomática de vários séculos e em alguns princípios fundamentais: direito dos povos de dispor de si mesmos, respeito aos direitos humanos e aos princípios democráticos, respeito ao Estado de Direito e cooperação entre as nações. Dentro desse quadro, a França se empenhou sempre em salvaguardar a sua independência nacional, trabalhando ao mesmo tempo pelo desenvolvimento de solidariedades regionais e internacionais.https://www.cebri.org.br/pdf/62_PDF.pdf

Em 1945, a construção européia passa a ocupar o centro da política externa francesa. Existem várias grandes razões para isso: restaurar a paz e garantir a segurança dos países, consagrar a forma democrática de governo e construir um espaço econômico e monetário integrado capaz de garantir prosperidade aos povos europeus.

Desde então, a França não parou de trabalhar pela concretização e pelo desenvolvimento dessa base européia, para fazer dela uma potência econômica e um foro político respeitável.

Em matéria de segurança, os anos da guerra fria e o período de instabilidade que a sucedeu atribuíram às nações democráticas, entre as quais a França, importantes responsabilidades. Parte integrante do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a França também é membro da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e da Força Européia, no qual possui cerca de 13.000 homens engajados.

A política externa da França é conduzida dentro do respeito aos objetivos e princípios da Organização das Nações Unidas. Estes, de fato, estão em conformidade com os ideais implícitos na tradição republicana francesa. Desde 1945, a França também não cessou de defender essa organização da qual é o quarto maior contribuinte financeiro, com um aporte de 81,36 milhões de euros em 2005 para o orçamento da Organização, e 79,89 milhões de euros para as instituições especializadas do sistema da ONU.

Membro permanente do Conselho de Segurança, a França participou diretamente de inúmeras operações de manutenção da paz (Oriente Médio, Camboja, ex-Iugoslávia, R.D. Congo, Etiópia-Eritréia, Serra Leoa, Costa do Marfim, Haiti, etc.).

No ano de 2006, a soma total das contribuições francesas a título de operações de manutenção da paz foi de 240 milhões de euros.

A França também apóia a ação da Organização em matéria de ajuda para o desenvolvimento, particularmente através das contribuições e da ajuda técnica que oferece aos principais programas encarregados da luta contra a pobreza (PNUD), a proteção das crianças (Unicef), o combate às drogas (PNUCID).

A França baseia a sua política de cooperação internacional em dois vetores: a influência e a solidariedade. A Direção Geral da Cooperação Internacional e do Desenvolvimento (DGCID) conduz a aplicação dessa política com base em quatro grandes eixos:

Contribuir para o desenvolvimento através da cooperação

Estimular os intercâmbios culturais e o emprego do francês

Promover a cooperação científica e universitária

Garantir a presença do francês na paisagem audiovisual mundial

 

Com relação ao Brasil, a França coloca grandes expectativas. Cerca de 650 empresas francesas já estariam operando no Brasil, dentre elas as principais companhias de capital aberto, com ações na Bolsa de Paris. Em contraste, os investimentos brasileiros na França seriam rarefeitos, à exceção dos esforços da EMBRAER e da Vale do Rio Doce nesse sentido.

 

 

 

 

 

www.ambafrance-br.org/france_bresil